quarta-feira, 6 de maio de 2009

Como é que o "Amor" levanta polémica?




Sempre pensei que fosse de consenso comum que amar alguém é algo bom, e que deveria ser promovido entre os demais. No entanto, há quem queira limitar a liberdade de amar, tornando-a privilégios de alguns.
Até ao século XIX o casamento era visto nas sociedades ocidentais, tal como acontece hoje em dia em muitos locais, meramente como um acordo comercial entre duas famílias sem que os dois intervenientes tivessem qualquer participação. O Romantismo veio alterar esta imagem e passou-se a existir o conceito de casar por amor. E porque o "amor tem razões que a própria razão desconhece" as pessoas passaram a casar porque gostavam um do outro, independentemente das classes sociais ou interesses comerciais. Ou seja, passaram a ser livres de amar quem quisessem, pelo menos a grande maioria das pessoas.
Nos anos 60/70 a o surgimento do movimento hippie veio reacender esta discussão. Estes para além da paz defendiam o amor. O "amor livre" que proclamavam, incentivava o amor quer no sentido de "amar o próximo", quer no de praticar uma actividade sexual bastante libertária.
Ouve definitivamente uma evolução no que diz respeito às relações humanas. No entanto, há quem queira parar esta revolução do "amor", pois julgam que este é o privilégio de alguns.
Completo um quarto de século nos próximos tempos, e apesar da minha curta existência, já amei várias pessoas das mais variadas formas e diferentes intensidades, tal como vi pessoas amar de uma forma distintas das que eu já amei. E nunca ponho em questão a veracidade desse amor...
Sou heterossexual, no entanto compreendo que uma mulher possa amar outra. Afinal de contas a pessoa que amo mais no mundo é uma mulher... a minha mãe! Pensado desta maneira não parece tão contra-natura como alguns alegam. Afinal faz parte da natureza humana gostar de pessoas do mesmo sexo e somos também incentivados a fazê-lo ao longo das nossas vidas através de pressões sociais.
O amor é amor em qualquer uma das suas formas. E penso que legalmente todos os casais devem poder usufruir dos direitos que a lei lhes reserva.
Não somos obrigados a amar ninguém e devemos respeitar essa liberdade, mas devemos dar a liberdade de cada um amar quem quiser mesmo que não seja correspondido.
Até porque amar é a melhor coisa do mundo!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Não dá para esquecer... porque aconteceu ontem e pode repetir-se amanha!

Estou um pouco desiludida com algo que ouvi na televisão.
Neste momento alguns de vós devem estar a pensar: "É a primeira vez que ouves algo que te desilude na televisão?". Obviamente que não. Infelizmente é com alguma frequência que ouço coisas que me desiludem, mas desta vez tenho que dizer algo sobre...
Há dois anos atrás desapareceu uma menina chamada Maddie da Praia da Luz, no Algarve. Não arrisco sentenças, não me cabe a mim especular qual terá sido o destino dessa pobre menina. Mas é um tema pelo qual tenho imenso respeito. Não só pela Maddie em particular, mas por todas as "Maddies" do Mundo e pelos familiares destas crianças.
Pois não podemos esquecer que mesmo que nunca se encontre o culpado, há uma inocente!
E com o devido respeito que o tema requere, sem cair em exageros, não se pode esquecer o que se passou com esta menina...
Não penso que a Maddie seja mais importante que qualquer outra criança que esteja desaparecida, mas esta fatalidade veio acordar o mundo e sobretudo o nosso pais para alguns dos perigos a que as nossas crianças estão sujeitas.
Como tal, espero que se continue a dar o devido respeito ao que se passou na Praia da Luz.
Sei que para uma região que sobrevive do turismo este tipo de publicidade pode ser catastrófica, pois falamos de famílias inteiras que dependem do fluxo de turismo para trabalhar e viver as suas vidas. E apesar de desejar toda a prosperidade do mundo aos habitantes dessa região, apelo para que tratem o assunto com o devido respeito...
Não quero alimentar um estigma sobre a Praia da Luz, onde foi não importa... o que importa é o que aconteceu!